Certas pessoas chamam ao fio-condutor deste folhetim - constituído por infinitos micro-contos, com qualquer coisa de crónicas... - Johnny Walker. Desta forma, o anglófilo apelido do cosmopolita mas enraizado personagem luso remete para duas das suas múltiplas facetas: a de apreciador de bom whiskey (não necessariamente o homónimo, antes um da bela Irlanda, onde o gaélico ainda nos recorda que esta bebida significa «água da vida») e a de cultivador de longos e lentos passeios, qual andarilho ou caminhante, onde se deleita a contemplar, remirando-os sempre como se fosse a primeira vez, os misteriosos encantos das ruas e das raparigas da sua cidade de nascimento, deixando-se assim seduzir, esteta que é.